AS TRÊS
TESTEMUNHAS DA ASPERSÃO
βαπτισμος (*1)
CONCEITOS
1
- "O QUE É BATISMO?"
“R.: Batismo é o sacramento no qual o lavar
com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo significa e sela a nossa
união com Cristo, a participação, das bênçãos do pacto da graça, e a promessa
de pertencermos ao Senhor. Ref. : Mat. 28:19; Jo. 3:5; Rom. 6:1-11; Gal. 3:27.”
(BREVE CATECISMO, pergunta 94).
2
- "O QUE É BATISMO?"
R.: "O Batismo não é apenas água
simples, mas é a água compreendida no mandamento divino e ligada à Palavra de
Deus... que nosso Senhor Jesus Cristo diz no último capítulo de Mateus: ‘Ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’.” (CATECISMO
MENOR, 4ª parte - O Sacramento do Santo Batismo, perg. 1 - por MARTINHO
LUTERO).
3
- "BATISMO"
"Batismo é essencialmente obra de
Deus, o Pai (cf. At. 2:41), o Filho (cf. Ef. 5:26), e o Espírito Santo (cf.
1Co. 12:13), em cujo nome é administrado (Mt. 28:19). Isto significa que nem o
batizante nem o batizado, mas o Senhor é quem opera no Batismo e lhe dá sua
virtude. Portanto - tratando-se do batismo cristão (cf. 19:1ss) - não pode ser
repetido sem que haja blasfêmia (cf. Ef. 4:5)." (VOCABULÁRIO
BÍBLICO - J. J. Von Allmen - ASTE - Associação de Seminários Teológicos
Evangélicos - São Paulo - 1972.)
4
- "BATISMO"
“O rito de lavar com água simbolizando a
purificação religiosa, ou a consagração a Deus... Conforme as instruções de
Cristo deve ser administrado em nome da Trindade.” (DICIONÁRIO DA BÍBLIA -
John D. Davis - tradução do Rev. J. R. Carvalho Braga - 10ª edição - JUERP -
1984).
5
- "O ESTUDO DO BATISMO"
“E três são os que testificam na terra: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes
num só propósito.” (1João 5:8)
“καὶ τρεῖς εἰσὶν οἱ μαρτυροῦντες ἐν τῇ γῇ, τὸ πνεῦμα, καὶ τὸ ὕδωρ, καὶ τὸ αἷμα· καὶ οἱ τρεῖς εἰς τὸ ἕν εἰσιν.” (Α` Ιωαννης 5:8)
O texto acima nos fala da unanimidade de três testemunhas. Mas...
em que são unânimes? Vejamos:
(1) O ESPÍRITO – O DEUS PARÁCLITO (Consolador – At. 5:3,4; 1Co. 12:4-6 / Jo. 14:16,26; 15:26; 16:7), o selo sobre os crentes. Ef. 1:13 – “O Espírito Santo da promessa” (Luc. 24:49; At. 1:4). Que promessa?
R= A do Batismo com o Espírito Santo. Atos 2:33; 38-39.
Eis como tal Batismo é descrito na Bíblia, sendo por nós
apresentado com grifos e versais acrescentados:
a) Prometido para o Messias (gr.: Χριστός = CHRISTOS):
VT: 1. “REPOUSARÁ SOBRE
ELE O ESPÍRITO DO SENHOR,
o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de
fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.” (Is. 11:2);
2. “Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho; o meu Escolhido,
em quem a minha alma se compraz; PUZ SOBRE
ELE O MEU ESPÍRITO, e Ele promulgará o
direito para os gentios.” (Is. 42:1);
3. “O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE
MIM, porque o SENHOR ME UNGIU, para pregar boas-novas aos
quebrantados...” (Is. 61:1a);
NT: 4. “...AQUELE SOBRE QUEM VIRES DESCER E POUSAR O ESPÍRITO,
esse é o que BATIZA COM O ESPÍRITO SANTO.”
(Jo. 1:33b).
b) Prometido aos crentes:
VT: 1. “Porque DERRAMAREI água SOBRE (εν = EN )(*2)
o sedento, e torrentes, SOBRE
(›εν)(#)
a terra seca; DERRAMAREI O MEU ESPÍRITO, SOBRE (επι = EPI )(*2)
a tua posteridade e a minha bênção, SOBRE (επι)(*2)
os teus descendentes.” (Is. 44:3);
2. “até que se DERRAME SOBRE
NÓS O ESPÍRITO lá do alto...” (Is.
32:15,a);
3. “Então, ASPERGIREI ÁGUA PURA SOBRE VÓS,... POREI DENTRO EM VÓS O MEU ESPÍRITO...” (Ez. 36:25,a, 27);
4. “Já não esconderei deles o meu rosto, pois DERRAMAREI O MEU
ESPÍRITO SOBRE
a casa de Israel, diz o Senhor Deus.” (Ez. 39:29);
5. “E acontecerá, depois, que DERRAMAREI O MEU
ESPÍRITO
SOBRE toda a carne...
até SOBRE os servos e
sobre as servas DERRAMAREI O MEU ESPÍRITO naqueles dias.” (Joel
2:28,a,
29);
NT: 6. “Eu vos BATIZO COM ÁGUA, para
arrependimento... Ele vos BATIZARÁ COM O ESPÍRITO SANTO E COM FOGO.” (Mat. 3:ll a,
c);
7. “Porque João, na verdade, BATIZOU COM ÁGUA,
mas vós sereis BATIZADOS COM ESPÍRITO SANTO,
não muito depois destes dias. ” (At. 1:5);
8. “Mas recebereis poder, ao DESCER SOBRE vós o ESPÍRITO SANTO...”
(Atos 1:8,a).
9. Respondeu-lhes Pedro:
“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para
remissão dos vossos pecados, E RECEBEREIS O DOM
DO ESPÍRITO SANTO.” (At. 2:38)
c) O Messias Batizado:
1. “...todo o povo se BATIZAVA, sendo BATIZADO
também Jesus; orando ele, o céu se
abriu, e o ESPÍRITO SANTO DESCEU SOBRE ele em forma
corpórea, como uma pomba...” (Luc.
3:21,22,a - A.C.);
2. “O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE MIM, pelo que me UNGIU
para evangelizar os pobres...” (Luc. 4:18-21);
3. “Como Deus UNGIU a Jesus de Nazaré COM O
ESPÍRITO
SANTO
E PODER...” (At. 10:38,a);
d) O Batismo dos crentes:
1. “E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de
fogo, e POUSOU uma SOBRE
cada um deles. Todos ficaram CHEIOS do ESPÍRITO
SANTO...”
(At.2:3,4,a). Conf.: Mat. 3:11;
2. “Mas o que ocorre é o que foi dito... E acontecerá nos
últimos dias, diz o Senhor, que DERRAMAREI DO MEU
ESPÍRITO
SOBRE toda a carne...
até SOBRE os meus servos
e SOBRE as minhas
servas DERRAMAREI DO MEU
ESPÍRITO
naqueles dias, e profetizarão.” (At. 2:16a, 17a, 18);
3. “Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a
promessa do ESPÍRITO SANTO, DERRAMOU isto que
vedes e ouvis.” (At. 2:33);
4. “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós
seja BATIZADO em nome de Jesus Cristo para a remissão
dos vossos pecados, e RECEBEREIS O DOM DO ESPÍRITO
SANTO.”
(At. 2:38...);
5. “Os quais, descendo para lá, oraram por eles para que RECEBESSEM O
ESPÍRITO
SANTO;
“porquanto não havia ainda DESCIDO SOBRE nenhum deles, mas
somente haviam sido BATIZADOS em o nome do Senhor Jesus.” (At. 8:15,
16);
6. “Quando, porém, comecei a falar, CAIU O
ESPÍRITO
SANTO
SOBRE eles, como também SOBRE nós, no princípio.
“Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse: ‘João, na verdade, BATIZOU
COM
ÁGUA, mas vós sereis BATIZADOS COM O ESPÍRITO
SANTO.”
(At. 11:15, 16);
7. “Ainda Pedro falava estas cousas quando CAIU O
ESPÍRITO
SANTO
SOBRE todos os que
ouviam a palavra.” (At. 10:44);
8. “...admiraram-se, porque também SOBRE os gentios foi DERRAMADO O DOM
DO ESPÍRITO SANTO.” (At. 10:45,b);
9. “Pois em (COM) um só ESPÍRITO,
todos nós fomos BATIZADOS em um corpo... E a todos nós foi
dado beber de um só ESPÍRITO.”
(1Co. 12:13a,c)
10. “...não por obras de justiça
praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou MEDIANTE O LAVAR REGENERADOR E
RENOVADOR DO ESPÍRITO SANTO, “que ele DERRAMOU SOBRE nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso
Salvador...” (Tito 3:5, 6)
E assim, podemos ver que tanto a promessa como o BATISMO COM O
ESPÍRITO
SANTO
é descrito de várias maneiras, mas sempre (ou quase sempre) a idéia principal é
a de um DERRAMAMENTO, e a preposição ipegrega
quase sempre usada é: (EPI
) = SOBRE, ENCIMA DE, ACIMA, EM.
Nos casos apresentados, o BATISMO COM O
ESPÍRITO
SANTO
é assim descrito:
1. DERRAMADO SOBRE;
2. POSTO SOBRE;
3. DESCEU SOBRE;
4. CAIU SOBRE;
5. POUSOU SOBRE;
6. REPOUSOU SOBRE;
7. UNGIU.
Eis as palavras gregas que descrevem este BATISMO:
1. Επερχομαι (EPERKHOMAI )= vir sobre, apareceu, sobrevir, vir do alto (At. 1:8);
2. Εκχεω ou
εκχυννομαι (ENKHEÔ ou ENKHYNNOMAI) = derramar,
aspergir, verter (At. 2:17, 18, 33; 10:45);
3. Επιπιτω (EPI·PIPTÔ )= cair sobre, sobrevir, descer (At. 8:16; 10:44; 11:15);
4. Καταβαινω (KATABAINÔ )= quando acompanhada, na frase, da preposição επι (EPI ): descer, vir para cima de, cair
sobre, descer sobre (Mar. 1:10).
Note bem: se o verbo BAPTIZO
tem um só significado no grego, ou seja, MERGULHAR, SUBMERGIR, então as
únicas traduções para este verbo, no texto de Mateus 3:11, seriam as seguintes:
“Eu vos MERGULHO na água... ele vos SUBMERGIRÁ no Espírito
Santo e no fogo...”
E se batismo, por submersão, segundo os submersionistas,
significa MORTE, SEPULTAMENTO, então João, o Batizador, queria dizer o
seguinte, segundo este pensamento:
“Eu vos MATO na água... ele vos SEPULTARÁ no Espírito Santo e
no fogo...”
Seria isto possível? Lógico que não. Tampouco estamos
brincando ou tentando ridicularizar o Batismo com água ou com o Espírito Santo.
Deus nos livre! Estamos somente seguindo a lógica interpretacionista dos
adeptos da submersão que diz que “BATISMO significa SUBMERSÃO = MORTE
e SEPULTAMENTO.
Se os aspersionistas usassem o mesmo modo de regra
interpretacionista, segundo a sua conveniência, como assim o fazem os
submersionistas, então, a interpretação de Mateus 3:11 seria a seguinte:
“Eu vos DERRAMO
água,... ele vos DERRAMARÁ o Espírito Santo e fogo...”
Conf.: Isaías 44:3; Ezequiel 36:25; Atos 1:8; 2:3, 17, 18,
etc., etc., etc.
Ora, esta interpretação está mais embasada em princípios
bíblicos do que a interpretação submersionista do batismo como sendo immersionis = mortis.
O Batismo com o
Espírito Santo não aconteceu ou não acontece quando alguém é mergulhado
n’Ele, mas, sim, quando Este é DERRAMADO SOBRE
o PISTÓS (gr.: crente, fiel).
* *
*
(2) A
ÁGUA – símbolo exterior da purificação
BATIZAR COM ÁGUA
A palavra BATISMO é uma
transliteração(*3)
do substantivo masculino βαπτισμος (BAPTISMOS),
e do substantivo neutro βαπτισμα (BAPTISMA).
O verbo BATIZAR é a transliteração
do grego βαπτιζειν (BAPTIZEIN),
que é intensivo de βαπτειν (BAPTEIN),
e que, junto com o seu derivado composto εμβαπτειν =
EMBAPTEIN,
aparecem cerca de 90 vezes no Novo Testamento e, portanto, têm um sentido
próprio no Novo Testamento, o qual foi escrito em grego Koinê, isto é, comum.
No que diz respeito ao verbo BATIZAR, muitos têm manipulado a
sua tradução e significado no pensamento grego, escondendo desonestamente toda
a sua plenitude. Há um certo grupo (ou grupos) que há séculos defende(m) para
este verbo um só significado: MERGULHAR, SUBMERGIR
e similares. Na Enciclopédia de Bíblia,
Teologia e Filosofia, de Russel N. Champlin, em parceria com J. M. Bentes,
vol. I, págs. 460 e 461, no tratado sobre o modo de batismo, podemos
ler:
<< Tentar furtar a palavra baptizo do seu sentido básico,
“imergir”, é ridículo, uma violência à língua e à história do termo. Ninguém
pode lavar uma pessoa salpicando-lhe algumas gotas sobre a cabeça. >>
Mas... será isto verdade? O verbo batizar tem o sentido básico de “imergir” (com a idéia de
“mergulhar”, “submergir”) no original grego do N.T.? É ridícula a idéia de se
lavar cerimonialmente uma pessoa salpicando-lhe algumas gotas de água sobre a
cabeça?
Se o sentido básico do verbo batizar no grego bíblico é imergir ou mergulhar, porque o Batismo com o Espírito Santo só é descrito na forma de DERRAMAMENTO?
(At. 1:8; 2:1-4, 17ss; 10:44,45; 11:15,16, etc.) E o que dizer da promessa de
uma ASPERSÃO COM ÁGUA feita pelo próprio Deus? (Is.
44:3; Ez. 36:25). E das aspersões
descritas na lei? (Núm. 8:6,7;
19:13, 18ss; Heb. 9:13, 19ss, etc.) Estes conceitos serão
desenvolvidos mais adiante.
É incrível como certos homens impregnados de preconceitos
apegam-se cegamente a sofismas ensinados por suas denominações ou por
seminários, não tendo o devido senso de justiça para investigar se tal doutrina
é genuinamente bíblica, ou é mais uma tradição paralógica legada dos anciãos.
(Mar. 7:7,8,aa,ss)
1)
Purificações com água no Velho Testamento:
1. Núm. 8:6-7: “Toma os
levitas do meio dos filhos de Israel e PURIFICA-os; “assim lhes farás, para os purificar: ASPERGE SOBRE eles a ÁGUA da expiação; e sobre todo o seu corpo farão passar a
navalha, lavarão as suas vestes e se purificarão”.
2. Núm. 19:13b: “...essa pessoa será
eliminada de Israel; porque a ÁGUA PURIFICADORA não foi ASPERGIDA SOBRE ele, imundo será; está nele ainda a sua imundícia.”
3. Núm. 19:18-19 “Um homem limpo tomará hissopo, e o molhará
naquela água, e a ASPERGIRÁ SOBRE aquela tenda, e SOBRE todo utensílio, e SOBRE AS PESSOAS que ali estiverem; como também SOBRE aquele que tocar nos
ossos, ou em alguém que foi morto, ou que faleceu, ou numa sepultura. “O limpo ASPERGIRÁ sobre o imundo ao terceiro e sétimo dias; purificá-lo-á ao sétimo
dia; e aquele que era imundo lavará as suas vestes, e se banhará na água, e à
tarde será limpo.” (ver também versos 20-21)
A PROMESSA DO BATISMO PURIFICATÓRIO COM
ÁGUA:
1. Isaías 44:3 – “Porque DERRAMAREI ÁGUA SOBRE o sedento e
torrentes, SOBRE
a terra seca; DERRAMAREI O MEU ESPÍRITO SOBRE a tua posteridade e a minha bênção, SOBRE os teus descendentes;”
2. Ezequiel 36:25 “Então,
ASPERGIREI ÁGUA PURA SOBRE VÓS, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias
e de todos os vossos ídolos vos purificarei.”
*
2)
Batizar no Velho
Testamento:
a) TABAL ( טָבָּל ) – Palavra hebraica que corresponde à grega
βαπτω
(BAPTÔ) ou βαθτιζω (BAPTIZÔ), com o significado primário
de MOLHAR.
Alguns textos no VT, com o verbo TABAL:
1. “Então,
tomaram a túnica de José, mataram um bode e a molharam no sangue.”(Gen.
37:31);
2. “Molhará o dedo direito no azeite que está na mão esquerda e daquele azeite
aspergirá, com o dedo, sete vezes perante o SENHOR” (Lev. 14:16);
3. “Jônatas,
porém, não tinha ouvido quando seu pai conjurara o povo, e estendeu a ponta da
vara que tinha na mão, e a molhou no
favo de mel...” (! Sam. 14:27).
b) TSeVA‘ (
צְבַע ) – Palavra aramaica (siríaca) que corresponde a
hebraica טָבָּל (TÂBÂL) e a grega baptw
(BAPTÔ) com o
significado primário de MOLHAR. Esta palavra aparece na porção aramaica do
Livro de Daniel, nos capítulos 4 e 5, quando o grande profeta do Altíssimo
interpretou pela segunda vez um sonho profético do soberano babilônico.(*4)
Uma parte da interpretação do sonho do rei Nabucodonosor, é que este seria
"MOLHADO
(צְבַע = TSeVA‘) com orvalho(*5)
do céu". Assim sendo, na
tradução grega dos "Setenta" (LXX = Septuaginta) lemos
que Nabucodonosor foi "BATIZADO
(βαπτω
= BAPTÔ) COM (εν = EN)
O ORVALHO DO CÉU". Confira.: Daniel 4:33 [30]; 5:21: / 4:15
[12], 23 [20], 25 [22](*6)
. Ora, se Nabucodonosor foi "BATIZADO
COM O ORVALHO DO CÉU", esse "BATISMO"
não foi por imersão, submersão, afusão, mas por ASPERSÃO.
E MOLHOU
menos que aos sujeitos de Jó 24:8.
Nestes textos apresentados, a
Septuaginta (LXX)
traduz tanto o verbo טָבָּל (TÂBÂL) como צְבַע = TSeVA‘)
por baptw
(BAPTÔ), com vários
significados conforme o contexto bíblico.
c) BAPTO na Apócrifa do V.T.
1. “Se alguém é batizado após o contato com um morto e novamente o toca, de que lhe serviu a
ablução?” (Sirácides [Eclesiástico] 31:25);
2. “E (Judite) permaneceu assim no acampamento por três
dias: saia de noite para o vale de Betúlia, e batizava-se no acampamento
sobre a fonte de água” (Judite 12:7);
3)
Batizar no Novo
Testamento:
“Eu vos batizo com água...”
a) O Batismo do
Senhor Jesus
-
João começou a batizar no rio Jordão, e todos vinham até ele
para serem batizados, confessando-se
(Mateus 3:5,6).
- Jesus foi também batizado por ele com água (vs. 13-15).
- Em seguida Jesus foi batizado (ungido, consagrado) com o
Espírito Santo, v. 16.
Para compreender-mos o porquê do
batismo do Senhor Jesus, devemos ter em mente o seguinte:
• –
A Apresentação do Menino Jesus
• –
O Significado do seu Batismo
1. A Apresentação do Menino Jesus
É costume das denominações evangélicas (e não evangélicas,
como por exemplo: adventistas, mórmons, testemunhas-de-jeová, etc.)
anti-pedobatistas, ou seja, aquelas que são contra o batismo de infantes,
apresentarem os seus filhinhos ao Senhor diante da igreja, usando como
argumento o texto de Lucas 2:22, que diz que os pais terrenos do infante Jesus
O levaram ao Templo de Jerusalém para apresentarem-no diante do Senhor, e que,
seguindo este exemplo, assim também o fazem apresentando os seus infantes do
sexo masculino e feminino.
Mas... é correto tal procedimento à luz das Escrituras Sagradas? É condizente com
a realidade bíblica?
A resposta é: NÃO,
NÃO
e NÃO, pelos seguintes motivos:
Não devemos fazer doutrina de um texto bíblico sem
examinarmos o contexto e/ou textos paralelos.
O texto de Lucas 2:22 reza o seguinte:
“Passados os dias da
purificação deles (mãe e Filho) segundo a lei de Moisés, levaram-no (o menino Jesus) a Jerusalém para o apresentarem ao
Senhor...”
Mas o texto continua:
“Conforme está escrito
na lei do Senhor: ‘Todo primogênito ao Senhor será consagrado’;
“E para oferecer um
sacrifício, segundo o que está escrito na referida lei:
um par de rolas ou dois
pombinhos.” (vs. 23 e 24)
O evangelista e historiador Lucas registrou este fato da vida
terrena de Jesus, não para que seguíssemos o exemplo, isto é, somente fazendo a
apresentação da criança, pois se assim o fora, teríamos que cumprir toda a
lei da apresentação, incluindo aí os sacrifícios, “pois, qualquer que
guarda toda a lei, mas tropeça num só ponto, se torna culpado de todos.” (Tg.
2:10)
A referida lei reza que “todo aquele que abre a madre de sua
mãe entre os filhos de Israel, assim homens como animais” é do Senhor e, por
isso, deveria se consagrado como primogênito (Êx. 13:2; 22:29; 34:19). Assim sendo, a lei da
consagração era um pacto feito somente entre Deus e os filhos de Israel, ou
seja, os judeus.
Outro detalhe é que a apresentação
seria somente tanto “de homens como animais”, “os machos serão do SENHOR”
(versos 2, 12, 13, 15 de Êxodo cap. 13); “todo primogênito” MACHO(*7), ou seja, somente o
primeiro filho e nenhum outro mais, e isso depois de ter sido circuncidado, no caso do ser humano. A criança primogênita era apresentada para a consagração, mas não para ser sacrificada como no caso dos animais, pois como exigia a Lei, animais (um par de rolas ou dois pombinhos) tomavam o seu lugar no sacrifício. Hoje nós fazemos parte da Igreja dos primogênitos (Heb.12:23), e o Senhor Jesus tomou o nosso lugar no sacrifício.
E, com o infante Jesus não foi diferente pois, sendo Ele
judeu, e o primogênito de Maria, foi levado a Jerusalém e apresentado ao
Senhor, para que se cumprisse a Lei. (Luc. 2:22-24) Assim sendo, é anti bíblica a apresentação de um recém nascido, e pior ainda, todos os recém nascidos de um mesmo casal como imitação da apresentação judaica de um recém nascido e mesmo a imitação da apresentação do menino Jesus. Mas se não for essa a intenção e a apresentação à igreja de um bebê recém nascido para que receba uma ORAÇÃO, e que esta tome conhecimento do tal infante, não está errado.
2. O Significado do seu Batismo
O Senhor Jesus não se batizou
simplesmente porque era costume, ou porque todos iam ser batizados por João
Batista, mas diferentemente dos demais, o seu Batismo tinha um propósito
especial, pois Ele preenchia todos os requisitos para o seu ministério
sacerdotal. Vejamos:
Tipo (sombra) no Velho Testamento:
Os sacerdotes, para serem consagrados,
no Velho Testamento, deveriam cumprir alguns requisitos indispensáveis:
|
Antítipo no Novo Testamento:
Jesus, ao ser consagrado, no Novo
Testamento, cumpriu todos os requisitos indispensáveis:
|
1. pertencer à família sacerdotal levítica, segundo a
ordem de Arão (Êx. 29:28-32);
|
1. Pertence à família sacerdotal
eterna, segundo a Ordem de Mequisedeque (Heb. 6:20; 7:11-17)
|
2. Para entrar no serviço sagrado, o candidato deveria ter
30 anos de idade (Núm. 4:3);
|
2. Entrou no serviço sagrado, quando tinha cerca de 30
anos de idade (Luc 3:23);
|
3. Deveria se purificar pela aspersão da água purificadora
(Núm. 8:6-7);
|
3. Purificou-se(*8) com a água batismal (Mat. 3:13-14);
|
4. E, para que fosse ungido como sacerdote (sua posse),
deveria ser derramado sobre sua cabeça o óleo da unção (Êx.29:7-9;
30:25,30; Lev.8:10-12)
|
4. Foi ungido com o Espírito Santo quando este desceu
sobre ele em forma corpórea como pomba (Luc. 3:21-22; 4:16-18); At.
10:38)
|
5. A partir daí, não teria nenhum vínculo familiar terreno
(Deut. 33:8, 9-11).
|
5. A
partir daí, cortou todo vínculo familiar carnal, pois não mais reconheceu
seus familiares (mãe e irmãos - Mat. 13:55 /
Mar. 3:32-35; Jo. 2:4).
|
Foi somente a partir da sua crisma (unção) com o Espírito Santo é que o Senhor Jesus passou a
ser chamado de Cristo (ungido). E
todos os fiéis que são batizados no Senhor, depois de haverem nascido de novo,
são chamados CRISTÃOS (gr.: χριστιανοί CHRISTIANOI
= PEQUENOS CRISTOS) por serem seguidores,
imitadores de Cristo e, devendo assim, seguir-lhe o exemplo, pois também são
sacerdotes do Deus Altíssimo (1Ped.1:9; Ap. 5:10).
*
b)
Batismo de João Batista com água
1. “Eu vos BATIZO COM ÁGUA, para
arrependimento... Ele vos BATIZARÁ COM O
ESPÍRITO
SANTO
E COM FOGO.”
(Mat. 3:ll a, c)
2. “Naqueles dias, veio
Jesus de Nazaré da Galiléia e por João foi batizado no rio Jordão.” (
Mar. 1:9)
O Senhor Jesus foi batizado no (gr.: εις = EIS) Jordão.
• A preposição grega eiV
(EIS), neste texto, é
locativa, pois fala do local onde o batismo foi realizado: o rio Jordão.
Batizar no (gr.: εις = EIS) Jordão, não fala do
modo do batismo, mas do local onde este foi primitivamente realizado, pois era
mais fácil as pessoas irem a um local onde houvesse água, do que esta ser levada a aquelas.
• João batizava com (gr.: εν = EN) água, Jesus batiza com (gr.: εν = EN) o Espírito Santo e fogo. A água, o
Espírito e fogo são instrumentos do batismo, daí a preposição en
[EN], neste caso, ser instrumental, e não
locativa. Não é “batismo EM ÁGUA” ou “NAS ÁGUAS”,
assim como não é “EM” ou “NO Espírito Santo e NO fogo”, pois ambos não foram os
locais onde foram efetuados os batismos, mas os instrumentos para os tais. O
Espírito Santo não é local, mas pessoal, ou seja, Ele é uma pessoa.
O contexto que descreve o batismo de Jesus com água no
Jordão, e que descreve o Seu batismo com o Espírito Santo, usa a mesma
preposição:
“...Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galiléia e
por João foi batizado no (εις = EIS) rio Jordão. “Logo ao sair da água, viu os céus
rasgarem-se e o Espírito descendo como pomba sobre (εις = EIS) ele.”
Eis outros textos em
que esta mesma preposição aparece:
1. O batismo do Eunuco, por Filipe: “Então, mandou parar o carro, ambos
desceram à (εις) água, e Filipe
batizou o eunuco.” (Atos 8:38) Se
ambos desceram é porque estavam em cima de algo, no caso, o carro (versos
28-31, 36, 38).
2. João escreveu: “Ora, ninguém subiu ao (εις) céu, senão aquele que de lá
desceu, a saber, o Filho do Homem.” (João 3:13)
Agora compare:
Atos 8:38 -
|
... ambos desceram à (εις) água...
|
João 3:13 -
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... ninguém subiu ao (εις) céu...
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Marcos 1:9
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... batizado no (εις) rio Jordão
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Marcos 1:12
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... impeliu para (εις) o deserto...
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c) Batismo
nas nuvens (tipo ou sombra)
“porque, não quero que ignoreis, irmãos, que nossos pais
estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram através mar, “e todos em (εις) Moisés, foram batizados pela (εν
= EN) nuvem
e pelo (εν = EN) mar”
(1 Co. 10:1, 2 – tradução livre, literal)
1. O povo de Israel passou pelo mar em seco, ou seja,
a pé enxuto (Êx. 14:22, 29).
2. Os egípcios foram tragados pelas águas, submersos para a sua
própria destruição (Heb. 11:29; Sal. 78:53). Confira: Êx. 14:26-28; 15:9, 10. Note: Os egípcios foram mergulhados (submersos), e isto não foi
chamado BATISMO. Somente o povo de Israel foi batizado,
mas não foi por imersão ou submersão.
3. A
promessa de Deus em Isaías 43:2,a,b: “Quando passares pelas águas, eu serei contigo;
quando, pelos rios, eles não te submergirão.”
4. Assim sendo, o máximo
que poderia ter acontecido é que o povo de Israel tenha sido ASPERGIDO, com o
orvalho das nuvens, e com gotas desprendidas da muralha d’água, na travessia no
mar. (Êx.14:21,22)
d) O
Batismo em Enon
“Ora, João estava também batizando em Enom, perto
de Salim, porque havia ali muitas águas, e para lá concorria o povo e
era batizado.” (João 3:23)
1. Enom (gr.: Ainwn =AINÔN, ENÔN) – É a transliteração
grega da palavra aramaica ( עינון ) que significa “fontes”, pois é o plural de עין (AIN ) =
“fonte”. Era um local onde havia muitas fontes de água pura, daí o seu nome.
2. “Havia muitas águas” –
o evangelista não disse que havia “muita água” (‛υδατος πολυς =
HYDATOS POLYS), como que falando de
um grande ajuntamento de água, como de um lago ou rio, mas sim, que havia muitas águas (‛υδατα πολλα = HYDATA POLLA), significando várias porções de água em
separado, ou seja várias fontes, como indica o seu nome. Logo, não é de
se esperar que João Batista tenha mergulhado o povo nessas fontes, poluindo
águas perenes.
3. O batismo, neste contexto, é chamado de purificação (v. 25 e 26), e toda
purificação de cunho religioso, segundo a lei, era feita por aspersão. Êx. Lev. 8:12, 15; Núm.
19:13, 18; Lev. 14:7; 16:19; 21:10,12/ Ezeq. 36:25, etc.
e) Sepultura Batismal?
Um texto clássico: “Fomos, pois,
sepultados com ele na morte pelo batismo (βαπτισματος
= BAPTISMATOS);
para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai,
assim também andemos nós em novidade de vida.” (Romanos 6:4)
Este é o texto principal, usado pelos submersionistas para defenderem
a tese de que o batismo cristão somente é válido
por mergulho, submersão.
Primeiramente analisaremos o substantivo grego BAPTISMA, cujo genitivo é BAPTISMATOS, conforme o texto grego
acima.
Há uma sensível diferença entre o substantivo (nominativo)
masculino ‛ο βαπτισμος = HO BAPTISMOS, e o substantivo neutro το
Βαπτισμα = TO BAPTISMA
na língua grega, e principalmente no Novo Testamento onde essa diferença foi
criada, e de onde este vocábulo neutro é peculiar.
1. HO BAPTISMOS, substantivo
masculino singular. Está relacionado com a purificação exterior ou cerimonial,
tanto de objetos como do corpo (ex.: Mar.7:1-4). É uma ablução visível que no tempo da lei mosaica tanto era efetuada com água como com sangue ou uma outra tintura conforme se acha escrito na Torá, os
cinco primeiros livros da Bíblia, e que é testemunhado pelo autor da Epístola
aos Hebreus, cap. 9, versos 10, 13, 19 e 21.
É usado para descrever o batismo cristão com água.
No BAPTISMOS
cristão não é preciso ser usado a mistura de substâncias a exemplo de Moisés,
quando este batizou o povo de Israel no deserto, ou seja: água, sangue de bezerros, de bodes e/ou de touros e cinza de novilha, sendo aspergidos com
lã purpúrea e hissôpo (Heb: 9: 10, 13 19), pois tudo isso era "sombra do que haveria de vir"
(Col. 2:17; Heb. 10:1). No Batismo Cristão, a única substância usada que
simboliza a purificação, é a água,
pois a purificação verdadeira foi realizada pela aspersão do sangue de Cristo
Jesus na cruz do Calvário e aplicada através do derramamento do Espírito Santo
na vida daquele que nasce de novo (Luc.
12:50; 22:20; Heb. 12:24; 1Ped. 1:2;/ João 3:5; Atos 1:8; 2:3,
4, 17,
38, 39; 10:44,
45; 11:15, 16, etc.) pois estes três são unânimes num só
propósito (1Jo. 5:6-8).
2. TO BAPTISMA,
substantivo neutro singular. O seu genitivo (possessivo) é βαπτισματος
= BAPTISMATOS, conforme aparece na
Epístola aos Romanos, no capítulo 6, verso 4. Enquanto BAPTISMOS é a exteriorização do ato purificatório, BAPTISMA é a verdadeira purificação,
a que acontece interiormente, na alma e no espírito. É o BATISMO
ÚNICO
(‛εν
βαπτισμα = HEN BAPTISMA:
Ef.4:5), e do qual falou o Senhor Jesus em Marcos 10:38 e 39, mas que só se
tornou eficaz com a sua morte e ressurreição (Rom.6:3-11). É o ato do qual a
arca, através da água, figurava o verdadeiro BATISMO (βαπτισμα)
que substitui a circuncisão pela "indagação
de uma consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus
Cristo" (1Ped.3:20,21). É a verdadeira regeneração batismal que não é
realizada por homem algum, mas pela "aspersão
do sangue de Jesus Cristo" (1Ped. 1:2) e que é aplicada pelo Espírito Santo da promessa (At. 1:4,5,8
/ Mat. 3:11/ At. 2:1-4, 17ss, 2:38; Ef. 5:25, 26; Ezeq. 36:25-27; Is.44:3,
etc.). Assim sendo, a apóstolo Paulo em Romanos 6:4, não estava falando do
Batismo exterior (o qual é efetuado com água), mas da regeneração interior, do
novo nascimento (Jo. 3:3, 5).
Diz mais a Escritura:
"Pois, com um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos quer
escravos, quer livres. E a todos nós foi dado de beber de um só Espírito." (1Cor.12:13 - trad. livre)
Compare com:
"Há somente um
corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa
vocação;
"Há um só Senhor, uma só fé, um só BATISMO (gr.:
BAPTISMA)".
(Ef.4:4-5)
Agora veja uma singular diferença no grego, onde não pode
haver contradição:
"Diversos BATISMOS" (BAPTISMOS) Heb.6:2 e 9:10
"Um só BATISMO" (BAPTISMA)
Ef. 4:5.
Embora a interpretação submersionista de Romanos 6 pareça um
tanto espiritual e bonita (pois aí vêem o modo
e não somente o significado espiritual que o texto quer nos transmitir), pois
interpretam que a imersão significa
a morte do crente; o estar debaixo d'água (submersão), o sepultamento; e a emersão,
a ressurreição, sim, embora pareça
espiritual, ela não condiz com a realidade bíblica, pois tanto os Evangelhos
como o apóstolo Paulo nos ensinam que o pão e o vinho, na Santa Ceia, é que são
os símbolos da morte do Senhor Jesus, pelo que o apóstolo relembra: "Pois todas as vezes que comerdes este pão e
beberdes do cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha." (1
Cor.11:26). Assim sendo, é a CEIA e não
o BATISMO POR SUBMERSÃO que representa a morte do Senhor Jesus, o Messias.
Quando lemos somente o verso 4 de Romanos 6, sem lermos o
verso anterior, adubando-o com um pouco de imaginação, podemos cair no mesmo
erro de interpretação dos submersionistas. Mas quando analisamos o versículo
anterior (3o), chegamos à conclusão de ser este o verso base
(chave) para a interpretação de todo o contexto. Vejamo-lo:
". . . porventura
ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados
na sua morte?"
E o verso 4:
"Fomos, pois,
sepultados com ele na morte BATISMO (BAPTISMA); para que como Cristo foi ressuscitado dentre
os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de
vida."
Quando o apóstolo Paulo diz que fomos sepultados com Cristo na
morte pelo batismo, esse "sepultamento" não aconteceu, ou não
acontece na hora do nosso batismo com água, mas foi um acontecimento que teve o
seu lugar no tempo, ou seja, foi algo que já
aconteceu no passado como indica o verso 3, isto é, que fomos batizados em Cristo na hora
em que ele expirou na cruz, em sua morte expiatória, na plenitude dos
tempos. Todos os heróis da fé (ex.: Heb. cap. 11) que morreram antes de Cristo,
foram batizados e justificados pela fé no Messias que haveria de vir, assim
como nós fomos batizados e justificados pela fé no Messias que já veio. O
sangue que foi derramado na cruz, é suficiente para lavar e purificar todos os
servos de Deus em qualquer época da História, e em qualquer lugar da terra.
(Ef.1:7,8; Ap.5:9; At.2:38,39; 1Ped.1:2; 3:18-21; 4:6). A água em si, não lava,
nem purifica pecado algum. Isso é heresia!
Diz-nos o verso 5 de Romanos 6:
"Porque se fomos
unidos com Ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos na semelhança
da Sua ressurreição."
Quando os submersionistas batizam, ensinam que naquele exato momento aconteceu a morte, o sepultamento
e a ressurreição do crente. Mas, os textos
lidos acima, nos revelam exatamente o contrário: por três vezes o verbo ser aparece no pretérito perfeito (um
em cada versículo):
Verso 3: "FOMOS batizados na Sua morte",
pois o Senhor disse: "E recebereis o BATISMO (gr.: BAPTISMA) com o qual eu sou
batizado" (Mar. 10:39c);
Verso 4: "FOMOS sepultados com Ele (Cristo) na morte pelo BATISMO (gr.: BAPTISMA)", pois se Cristo "morreu
por todos, logo todos
morreram" (2Cor. 5:14, b). Este é o Batismo que o Senhor Cristo falou
que receberia e recebeu (Luc. 12:50).
E verso 5: "FOMOS unidos (lit. PLANTADOS)
com Ele na semelhança da sua morte,
certamente o SEREMOS ( futuro ) na
semelhança da sua ressurreição."
Ora, quando o apóstolo diz: "SEREMOS" (verso 5), refere-se a um acontecimento futuro,
pois quem ressuscitou primeiro para não mais morrer, foi somente o Senhor
Jesus, e nós, à semelhança da Sua
ressurreição, também ressuscitaremos. Assim sendo, essa ressurreição não se deu
na hora do nosso batismo com água (e
muito menos na emersão, ou seja, na
subida do batismo por submersão) como assim querem os submersionistas em sua
interpretação batismal. Realmente, no
momento da nossa conversão, nós morremos,
ou melhor, o nosso velho homem morre
com Cristo, e nós renascemos para pertencermos ao Senhor para sempre
(Col.3:9,10; Rom.7:4). Na conversão
(novo nascimento) e não no Batismo, frise-se.
E tem mais: o contexto de Romanos 6, no verso 8, diz-nos que "se já morremos com Cristo, cremos que
também com Ele viveremos. “Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós
isto: um morreu por todos; (conclusão:) logo,
todos morreram." "E Ele
morreu por todos, para que os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas
para Aquele que por eles morreu e ressuscitou." (2Cor. 5:14,15).
E assim, como Cristo ressuscitou dentre os mortos para não mais
morrer, tornando-se o Primogênito dos mortos (Col.1:18), assim também aqueles
que morreram em Cristo ressuscitarão para a vida eterna (Rom. 8:11). A
ressurreição do crente não acontece na hora em que acaba de receber o batismo
com ou em água, e nem isto é a sua ressurreição espiritual, pois esta somente
acontece no exato momento em que ele nasce de novo (Jo.3:3ss; Ef.2:1,ss;
Rom.8:9,10), ou seja, foi ressuscitado dentre os mortos (Rom.6:13).
Além do mais, o texto não fala somente em MORTE
(v. 3), SEPULTAMENTO e RESSURREIÇÃO (v.4), mas fala
também que fomos UNIDOS (gr.: συμφυτοι = SYMPHYTOI, lit.: PLANTADOS)
com Ele (v.5), e CRUCIFICADO o nosso velho homem" (v.6). Assim
sendo, se os submersionistas quiserem interpretar o Batismo literalmente, de
conformidade com Romanos 6, eles terão que inventar outra coreografia que
pudesse representar o estar PLANTADO
e CRUCIFICADO
com Cristo, e não somente a MORTE, SEPULTAMENTO e RESSURREIÇÃO,
pois estes cinco se referem ao mesmo assunto: o Batismo de ou em Cristo, nos
textos de Romanos 6.
Há, porém, um outro detalhe: o batismo por submersão jamais
poderia representar como coreografia a morte, o sepultamento e a ressurreição
de Jesus, pelos seguintes motivos:
1º) Morte – O
Senhor morreu na cruz e não na sepultura
(pois o batistério e as águas batismais representam, na doutrina
submersionista, o sepulcro do batizando) e muito menos afogado para que a
submersão assim o pudesse representar. A Santa Ceia é que simboliza a Sua morte
(1Cor. 11:26).
2º: Sepultamento – O
sepultamento do Salvador não foi igual ao que conhecemos nos cemitérios comuns
aqui no ocidente, ou seja, ele não foi "enterrado", ou posto numa
cova aberta sob o solo, mas o seu corpo sem vida foi posto "num túmulo aberto em rocha, onde ainda ninguém havia sido
sepultado" (Luc. 23:53b), posto paralelo ao solo (de modo que as
mulheres que foram ao sepulcro, no primeiro dia da semana, foram com a intenção
de ambalsamá-lo – Mar.15:47; 16:1ss), e a seguir, foi rolada "uma pedra para a entrada do
túmulo." (Mar.15:46c). Cristo também não foi sepultado vivo como
acontece com os baptizandi’
submersionistas (pois na hora que o batizador ou batista mergulha o batizando,
aquele o mata afogado, e no momento que o emerge, "ressuscita-o dentre os mortos", fazendo assim o papel de
Deus Pai (At.2: 24; 3:26; Jo.5:21).
3º: Ressurreição – O
corpo de Jesus foi posto numa elevação sobre o solo (Jo.20.12), e quando
ressuscitou, simplesmente levantou-se (este é o significado da palavra
“ressurreição”) – Luc. 24:3, 6; Mar. 16:6. Os lençóis que envolveram o seu
corpo, foram postos de lado (Jo. 20:5-7), e dois anjos sentaram-se no local
onde fora posto o seu corpo, um à cabeceira e o outro aos pés (Jo. 20:11-12).
E assim podemos ver a insustentabilidade da doutrina batismal
submersionista. E o próprio Orígenes (184-254 A.D.), um dos Pais da Igreja, contestou essa
interpretação submersionista de Romanos cap. 6, dizendo o seguinte:
"Nota-se
a discrição de Paulo, pois ele não estava
tratando do batismo em si, (o que é efetuado com
água), mas sim da morte de Cristo. Usou,
pois, a figura do batismo para nos persuadir a morrer para o pecado e sermos
sepultados juntamente com Cristo. Também não
cabia dizer: Qualquer de nós que foi batizado em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo, foi batizado na sua morte."
E assim, o pequeno-grande servo de Deus, que viveu entre o
segundo e o terceiro século da Era Cristã, e que foi martirizado por manter o testemunho
firme de Jesus Cristo, compreendeu a mensagem que o Apóstolo dos Gentios queria
transmitir em Romanos capítulo 6, e hoje, milhões não a compreendem por causa
do preconceito e do engano, e então, deturpam-na, a exemplo das seitas
pseudo-cristãs que "deturpam as
demais Escrituras, para sua própria perdição". (2Ped.3:15,16).
Ora, a interpretação submersionista do batismo como sendo morte/sepultamento/ressurreição,
não tem nenhuma base bíblica sólida, pois o crente morreu, foi sepultado, e
ressuscitou com Cristo na sua morte, sepultamento e
ressurreição, pois Ele mesmo foi (e
é) o representante federal dos filhos
de Deus.
(Rom.3:6-11)
Batismo não é sinal morte e sepultamento, mas
de VIDA (abundante através do Novo Nascimento - Col. 2:12, 13; Jo. 3:3), de
VITÓRIA (sobre a morte espiritual através Novo Nascimento - 1Cor. 15:55-57; Jo.
3:5), de PURIFICAÇÃO (Jo. 3:25, 26); Eze. 36:25; Efe. 5:26), SALVAÇÃO (At.
16:31-33; Mar. 16:16), REMISSÃO (Mar. 1:4;
At. 2:38), ALIANÇA (Heb. 9:19-22;
Efe. 1:7; Luc. 12:50; 22:20), da
PROMESSA (At. 2:38, 39; Mat. 28:19).
Como vimos, o substantivo neutro que aparece em Romanos 6:4,
não se refere ao Batismo com água, e
muito menos em água, e sim ao
Batismo (BAPTISMA) efetuado, ou
que teve efeito na cruz do Calvário: Jo.11:49-52; 19:28-30, 34-37), e sobre o
qual o Senhor já havia predito: "Tenho,
porém um BATISMO (gr.: BAPTISMA) com o qual hei de ser batizado; e quanto
me angustio até que o mesmo se
realize!" (Luc.12:50)
Note bem: a palavra de Deus jamais descreve e muito menos
prescreve o modo do batismo cristão, a não ser que deve ser efetuado com água
em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Se o modo de batismo tivesse
alguma importância, a Bíblia seria a mais clara possível ao descrevê-lo, não
deixando a menor sombra de dúvidas; se a quantidade de água fosse importante,
isto seria mandamento nas Sagradas Escrituras.
f) Outros modos de Batismos no NT
1. Os fariseus censuram os discípulos
de Cristo, por estes não lavarem as mãos antes de comer, etc. (Mar.7:2,3) O
evangelista nos explica que os judeus
“quando voltam da praça, não comem sem se aspergirem
(gr.: batizarem); e há muitas outras coisas que receberam
para observar, como a lavagem (gr.: batismo) de copos, jarros e vasos de metal e camas)” – verso 4.
No “Manual de Benção”, judaico, lemos o
seguinte: “Antes de comer o pão ou “MATSÁ”, deve-se lavar as mãos vertendo água
de um copo três vezes sobre a mão direita toda, até o punho, e três vezes sobre
a esquerda...” (*9)
2. O Senhor Jesus também quebra esta tradição: “O fariseu, porém, admirou-se ao ver que Jesus não
se lavara (gr.: batizara) primeiro, antes de comer.” (Luc.
11:38);
3. Alguém no inferno precisou do
“baptos”: “...E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me
refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.” (Luc. 16:24 –
grifo acres.);
4. O traidor é indicado por meio do
“bapto”: [O traidor] “é aquele a quem eu
der o pedaço de pão molhado (BAPTO). Tomou, pois, um
pedaço de pão e, tendo-o molhado (EMBAPTO), deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes.
(Jo. 13:26) – Também: Mat. 26:23; Mar.
14:20;
5. O culto mosaico, da Primeira
Aliança, era baseado “...somente em
comidas, e bebidas, e diversas abluções
(gr.: batismos), impostas até ao tempo oportuno de
reforma.” (Heb. 9:1, 10, .13, 19, 21).
g) O
Batismo Cristão
Quanto ao modo do Batismo, assim reza o "Dicionário
Cultural da Língua Portuguesa": "...o
batismo pode ser por submersão (totalmente), por imersão (parcialmente), por
aspersão (borrifo) ou por infusão (água sobre a cabeça)..." (*10)
O Batismo Cristão, quando é feito no Senhor, deve ser
aplicado uma só vez "em nome do Pai,
e do Filho e do Espírito Santo" (Mat.28:19), e a substância usada para
tal é a água. Alguns usam muita, e
outros pouca. Alguns derramam-na e outros aspergem-na e ainda outros mergulham nela, mas todos chamam o
"seu" batismo de Batismo e,
infelizmente, alguns negam que o batismo do seu irmão seja verdadeiro (ou
válido) pois este "não foi batizado
do mesma forma que aqueles". Ora,
o modo do batismo é opcional, pois a água é somente um símbolo exterior, ou seja, visível, e é um dos dois sacramentos
(ou ordenanças, como queiram) dado pelo próprio Senhor Jesus à sua Igreja. Se o
modo de administrá-lo fosse
importante, este certamente estaria prescrito na Bíblia e, principalmente, no
N.T. Se a quantidade de água, no Batismo, fosse necessária, também necessário
seria a quantidade do pão e do vinho na Santa Ceia (Mat.26:26-30), pois estes
dois são os únicos sacramentos(*11) que nos deixou o nosso
Soberano SENHOR antes de ser assunto aos céus.
Concluindo, o rito do Batismo com água pode ser efetuado de
diversas maneiras conforme nos indica o original grego, mas que representa um
só Batismo, o Baptisma, e por isso "não pode ser repetido sem que haja
blasfêmia." (*12)
E assim podemos ver que o verbo BAPTÔ/BAPTIZÔ é traduzido de várias maneiras no Novo Testamento:
1. ASPERGIR (Mar. 7:4 Almeida-Atualizada); |
2. BATIZAR
|
(I Cor. 1:17);
|
3. LAVAR | (Luc. 11:38);
|
4. MOLHAR | (Luc. 16:24; Jo. 13:26); |
5..PURIFICAR | (Mar. 7:4 – Almeida-Revisada.);
|
6. SALPICAR ......
|
(Apoc. 19:13 – Almeida Corrigida, Revisada e Edição Contemporânea);
|
7. TINGIR ...........
|
(Apoc. 19:13 - Almeida-Atualizada)
|
Em nenhuma destas passagens o verbo BAPTIZÔ tem, no original, o sentido de MERGULHO, SUBMERSÃO.
Embora a promessa do batismo com água seja a sua ASPERSÃO,
(Is.44:3; Ez.36:25), não há descrição explícita deste tipo de batismo no Novo
Testamento, a não se por inferência, como por exemplo, o batismo do apóstolo
Paulo efetuado por Ananias na casa de Judas (At. 9:11,18; 22:16), do carcereiro
de Filipos, entre outros. Se a Bíblia não descreve o modo do Batismo Cristão, o
mesmo não se dá com o Batismo com o Espírito Santo, pois a sua promessa e
cumprimento, como vimos anteriormente, é descrito tanto no Novo como no Velho
Testamento, e a sua única forma é
o Seu DERRAMAMENTO.
*
(3)
O SANGUE
- No Velho Testamento (sombra, tipo)
1- O sangue do cordeiro pascal, aspergido na verga da porta,
livra o povo de Deus do Destruidor, no Egito (Êx. 12:21-23);
2 - O sangue derramado no altar (Êx. 29:12, 20; Lev. 1:11);
3 - O sangue com o óleo da unção são aspergidos sobre Arão e
seus filhos para santificá-los (Êx. 29:21);
4 - Molhado o dedo no sangue e aspergido sete vezes perante o
SENHOR (Lev. 4:6);
5 - O sangue da oferta pelo pecado deve ser aspergido (Lev.
5:9);
6 - O sangue aspergido sete vezes sobre o que se purificar da
lepra, assim como também o azeite deve ser aspergido sete vezes perante o SENHOR
(Lev. 14:6, 7, 16, 27);
7 – Água e sangue aspergidos sete vezes sobre a casa
contaminada pela lepra (Lev. 14:51, 52).
Embora o autor da Epístola aos Hebreus tenha falado das
“diversas abluções” (gr.: batismos),
ele exemplifica uma delas:
“porque,
havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei a todo o povo,
tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e
hissopo e aspergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo, “
dizendo: ‘Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós outros.’
“Igualmente também aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do
serviço sagrado.” (9:19-21)
- No Novo Testamento (antítipo)
Todas essas leis e acontecimentos eram sombras do que havia
de acontecer com a morte de Cristo:
(Os soldados) “chegando-se,
porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.
“Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e
água.” (Jo.19:33,34).
Esse foi o “batisma” predito por Jesus:
1. “porque
isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos,
para remissão de pecados.” (Mat.
26:28);
2. “a quem Deus propôs,
no seu sangue (de Cristo), como propiciação, mediante a fé, para
manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os
pecados anteriormente cometidos”. (Rom. 3:25);
3. “Logo, muito mais
agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Rm. 5:9);
4. “no qual temos a
redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua
graça,” (Ef. 1:7);
5. “e que, havendo
feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo
todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.” (Col. 1:20);
6. “Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os
contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, “muito mais o
sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula
a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus
vivo!” (Heb. 9:13, 14);
7. “e a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao
sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.” (Heb. 12:24;
13:12, 20);
8. “eleitos, segundo a
presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a
aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.” (1 Ped. 1:2);
Conclusão:
• A aspersão, e não a submersão, é o
verdadeiro símbolo do Batismo, pois esta última sempre representou perigo de
morte para o povo de Deus:
1. “Quando passares pelas águas, eu serei contigo;
quando, pelos rios, eles não te submergirão;
quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” (Is. 43:2);
2. “Dirigiu-o com segurança, e não temeram, ao
passo que o mar submergiu os seus
inimigos.” (Sal. 78:53);
3. “as águas nos teriam
submergido, e sobre a nossa alma
teria passado a torrente;” (Sal. 124:4);
4. “Reparando, porém, na força do vento, teve medo;
e, começando a submergir, gritou:
Salva-me, Senhor!” (Mat. 14:30);
5. “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e
em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.” (1 Tim. 6:9 –
Al. Cor.)
• Ao passo que a “Aspersão” sempre
significou purificação, consagração:
1. “Então, aspergirei água pura sobre vós, e
ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos
vos purificarei.” (Ezeq. 36:25);
2. “Assim lhes farás,
para os purificar: asperge sobre
eles a água da expiação” (Núm. 8:7,a)
3. “Então,
Moisés tomou o óleo da unção, e ungiu o tabernáculo e tudo o que havia nele, e
o consagrou; “e dele aspergiu sete
vezes sobre o altar e ungiu o altar e todos os seus utensílios, como também a
bacia e o seu suporte, para os consagrar. “Depois, derramou do óleo da unção sobre a cabeça de Arão e ungiu-o, para
consagrá-lo.” (Lev. 8:10-12).
4.
Os israelitas “foram batizados assim na nuvem como no mar, com respeito a
Moisés” (1 Cor. 10:1,2), ao passo que os egípcios foram submergidos no mar. (Sal 78:53).
5. A arca de Noé,
figura do batismo, ficou em cima da água, quando caiu a chuva em dilúvio, sobre
o mundo antigo, e por isso seus ocupantes foram salvos. Os incrédulos, porém,
foram submersos nas águas diluviais.
(1 Ped. 3:20, 21)
6. Os
próprios judeus esperavam um expurgo mundial praticado pelo Messias, que seria
feito por aspersão, baseados na passagem original hebraica de Isaías
52:15, que reza que o Servo de Javé “borrifará (heb.: נזה = NÂZÂH) muitas nações, e os reis fecharão a boca por
causa dele...” (versão de Almeida “Revista e Corrigida.” e “Edição
Contemporânea”), e os próprios judeus, no NT, esperavam a promessa de que o
Messias batizaria, pois perguntaram a João Batista, após saberem por sua
própria boca, que ele não era o Cristo (Messias): “Então, por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? (Jo.
1:20, 25).
O Senhor Jesus é aquele que borrifaria,
aspergiria as nações e que andará com um manto tinto, salpicado de sangue (Ap.
19:13 – ver versões “Revista e Corrigida”, “Revisada”, “Fiel” e
“Contemporânea”, baseadas na de J. F. de Almeida – onde o verbo que foi
traduzido por “tinto”, “salpicado”, é o verbo “BAPTÔ”), segundo a profecia de
Isaías, que pergunta:
“Por
que está vermelho o traje, e as tuas vestes, como as daquele que pisa
uvas no lagar? (63:2)
Ao que ele responde:
“O
lagar, eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo; pisei as
uvas na minha ira; no meu furor, as esmaguei, e o seu sangue me salpicou
as vestes e me manchou o traje todo.” (verso 3) Compare este contexto de Isaías 63:1-3 com Apocalipse 19:13,
15, 16.
E assim, lendo de Gênesis a Apocalipse,
podemos ver que para a obra redentora do Messias Jesus, há três testemunhas, ou
seja, o Espírito, a água e o sangue, que testificam desde os primórdios da criação: no
princípio, o Espírito de Deus pairava sobre as águas (Gên. 1:2c);
em meio ao caos, a água estava lá (vs. 6, 7); o sangue do justo
Abel foi o primeiro entre os homens, a ser derramado sobre a terra (Gên.
4:8-10; Heb. 11:4; 12:24); as águas
em dilúvio foram derramadas para purificarem a terra que havia se corrompido
pelo pecado (Gên. 6:11, 17; 7:18); o sangue manchou a túnica de um justo
(Gên. 37:31); o Espírito Santo repousou sobre setenta anciãos, os quais
profetizaram (Núm. 11:25-29); a água da expiação aspergida sobre os
levitas para os purificar (Núm. 8:7); o sangue aspergidos sobre Arão e
seus filhos para os consagrar ao sacerdócio levítico (Êx. 29:21, 36, 44; Lev. 8:23, 24; Heb. 9:22); testificam também em Apoc. 2:7; 21:6; 22:1, 14, 17, etc.
“Este é aquele que veio por meio de água
e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas também com a água e
com o sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a
verdade.” (1 Jo. 5:6) Veio da água
(líquido amniótico?) e do sangue, e concebido por obra do Espírito
Santo (Mat. 1:18; Luc. 1:31-35; 2:5-7). Parto normal, de uma concepção
sobrenatural! Veio por meio da água e do sangue, e morreu vertendo água e
sangue! (Jo. 19:34).
Foi batizado com água e com o Espírito
Santo. Embora o Senhor não precisasse receber o batismo
da purificação (Jo.3:25, 26), a exemplo do sacerdócio levítico (Núm.8:6, 7),
como muito bem reconheceu João Batista (Mat. 3:13-14), o Senhor disse-lhe que
convinha cumprir toda a justiça (v. 15 com 5:17), para cumprir o rito de
purificação de Núm. 8:7; foi ungido com o Espírito Santo, para cumprir o
ordenação sacerdotal de Êx. 29:7-9; 30:25,30 e Lev.8:10-12. Conf.:
Luc. 3:21-22; 4:16-18-21; At.
10:38; e teve o seu batismo com sangue, para cumprir as leis de expiação (Luc.
12:50; Mat. 26:27,28; 1 Ped.1:2; Heb. 12:24 // Êx. 30:10; Lev. 1:4; 4:8, 20,
26, ; 5:9, 16, etc.).
No Batismo cristão, a única substância usada que simboliza a PURIFICAÇÃO
é a ÁGUA (o que o difere do batismo de Moisés: água, sangue e cinza, aspergidos
sobre o povo – Heb. 9:13, 19ss), pois a verdadeira purificação foi realizada
pela aspersão do sangue de Jesus Cristo na cruz do Calvário (1Ped.1:2;
Luc. 12:50; 22:20; Heb. 12:24), e aplicada através do derramamento do Espírito
Santo da promessa (Is. 44:3; Jl. 2:28, 29; Mat. 3:11; At. 1:5, 8 / cap.
2:3, 4, 17, 18, 38, 39; 11:15, 16; Tt. 3:5, 6,ss) na vida daquele que nasce de
novo, da água (Ef. 5:25, 26) e do Espírito (Ef. 1:13).
Estas são as Três Testemunhas, e elas são unânimes num só
propósito. (1 João 5:8)
* * *
_______________________________________________________
(*1) Estudo criado em Maio de 1993
(baseado em nosso livro “Mergulhando no
Batismo”) e
revisto e aumentado em Maio de 2000.
(*2) Preposições gregas usadas na
Septuaginta (LXX). No original hebraico a preposição é על (‘AL).
(*3) TRANSLITERAÇÃO - é a
substituição do sistema gráfico de um idioma por letras de um outro alfabeto.
(*4) O texto em aramaico começa no
capítulo 2 verso 4 e termina no capítulo 7 verso 28.
(*5) ORVALHO - camada de umidade
que se desprende das nuvens ao ar livre em forma de gotículas aspergidas sobre
a crosta terrestre.
(*6) Os números entre colchetes [
] correspondem aos versos no original hebraico e na Septuaginta.
(*7) A criança primogênita era
apresentada para o sacrifício, como o exigia a Lei, mas os animais (um par de
rolas ou dois pombinhos) tomavam o seu lugar no sacrifício. Hoje nós fazemos
parte da Igreja dos primogênitos (Heb.12:23), e o Senhor Jesus tomou o nosso
lugar no sacrifício.
(*8) Embora o Senhor não
precisasse receber o batismo da purificação (Jo.3:25, 26), a exemplo do
sacerdócio levítico (Núm.8:6, 7), como bem reconheceu João Batista (Mat.
3:13-14), o Senhor disse-lhe que convinha cumprir toda a justiça (v. 15 com
5:17).
(*9) “Manual de Bênção” por
Yaacov Bande, tradução de Tatiana Belinky e transliteração de Esther Alpern -
BEIT CHABAD, 12 de Ago. 1979 - São Paulo, SP - pág. 9.
(*10) “Dicionário Cultural da
Língua Portuguesa” por Faissal El-Khatib, pág. 213, verbete:
BATISMO - Editora Brasiliense S/A, 6ª edição - 1972.
(*11) “Sacramento” quer dizer: “mandamento
sagrado”. “Ordenança” é um termo por demais genérico, pois Cristo nos deixou
muitas ORDENANÇAS, como por exemplo: “Amai-vos uns aos
outros” (Jo. 15:10), “Amai... os vossos
inimigos, fazei o bem e emprestai” (Luc. 6:35), “Fazei discípulos”
(Mat.28:19), “Deveis
lavar os pés uns dos outros” (Jo.12:14 - a Ordenança mais negligenciada), “Não julgueis... não
condeneis... perdoais...” (Luc. 6:37), etc., etc., etc. Ora, tudo
isto foram Ordenanças ou Mandamentos do Senhor, inclusive o Batismo e a Santa
Ceia, mas como ato tipicamente religioso, temos somente estes dois últimos,
fato pelo qual são chamados convenientemente de “SACRAMENTO” (do latim: Sacramentum).
(*12) Conforme citação do “Vocabulário Bíblico”
por J. J. Von Allmen.
* * *
𝓛𝓾𝓲𝓼 𝓐𝓷𝓽𝓸𝓷𝓲𝓸 𝓒𝓪𝓬𝓮𝓻𝓮𝓰𝓮✍️ܠܘܝܣ
cacerege@gmail.com
Manaus - Amazonas - Brasil
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Outros estudos já postados:
01- O Novo Testamento NÃO Foi Escrito em Hebraico e/ou Aramaico
02- O espiritismo segundo [alguns] “evangélicos”
03- Adultério do Coração
04- Santa Ceia: vinho ou suco de uva?
05- O Inferno
06- O Que a Bíblia Diz Sobre a Idolatria
07- Deuterocanônicos ou Apócrifos?
08- A divisão das horas do dia nos tempos bíblicos
09- O dia do Senhor: Sábado ou Domingo?
10- 30 Razões Porque Não Guardo o Sábado
11- Deus e deuses
12- O Nome JESUS
13- O Verbo era um deus?
14- A Divindade de Cristo negada entre colchetes
15- Cruz ou estaca de tortura?
16- YHWH – Um Nome que será esquecido para sempre
17- Alma, corpo e espírito
18- A Peshitta confirma o Novo Testamento grego – 01- CAMELO ou CORDA?
19- A Peshitta confirma o Novo Testamento grego – 02- LEPROSO ou FAZEDOR DE JARROS?
20- PARAÍSO: HOJE ou UM DIA? (Lucas 23:43)
21- Adultério Virtual
22- KeNUMÁ e os modalistas nazarenos
23- A Virgem Que Concebeu
24- A História do Universo (O Livro de Melquisedeque)
25- O Tetragrama na Septuaginta Grega (LXX)
26- Os sabatistas e judaizantes "pira" - parte 1
27- A transição da escrita Páleo-hebraica para a Aramaica-assíria nas Escrituras
28- Qual o dia da morte de Jesus?
29- Os sabatistas e judaizantes "pira" - parte 2
30- As Três Testemunhas da Aspersão
31- Os sabatistas e judaizantes "pira" - parte 2
32- Matar e Assassinar em Hebraico
33- Memra/Davar nos Targuns Aramaicos – parte-1
34- Memra/Davar nos Targuns Aramaicos – parte-2
35- Casamento: Instituição Divina (Ideologia de Gênesis)
36- O Servo Sofredor de Isaías 53 na visão judaica, antiga e moderna
37- Chamar o arco celeste de ARCO-ÍRIS é reverenciar uma entidade pagã?
38- E todos os anjos de Deus o ADOREM
39- O Grande Deus e Salvador Jesus Cristo
40- Os Gigantes da Antiguidade
Obs.: É permitido a cópia para republicações, desde que cite o autor e as respectivas fontes principais e intermediária.
Por: Luís Antônio Lima dos Remédios
Luís - ܠܘܝܣ- לואיס - 𐤋𐤅𐤀𐤉𐤎 - Ⲗⲟⲩⲓⲥ - Λουίς✍️
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