O VERBO ERA um deus?
A Bíblia afirma
expressamente:
"O verbo [a Palavra] era Deus." (Jo. 1:1);
"...estamos em Jesus Cristo , seu Filho. Este é o verdadeiro Deus
e a vida eterna." (1Jo. 5:20)
As TTJ (testemunhas-de-jeová), no entanto, dizem que Jesus Cristo não é o
Deus verdadeiro, mas simplesmente um
deus, da mesma forma que Satanás (Poderá
Viver para Sempre no Paraíso na Terra,
cap. 4, parág. 16), homens e anjos
celestes que algumas vezes assim também são chamados. ( Sal. 82:1, 6)
E, para
sustentarem tal afirmativa, corrompem dezenas de textos bíblicos que revelam a
plena divindade do Senhor Jesus. O texto mais conhecido é o de João 1:1.
Assim reza o
texto, na Bíblia Sagrada, dividido em partes:
Parte “a”
|
NO PRINCÍPIO ERA
O VERBO (ou:
A PALAVRA),
|
Parte “b”
|
E O VERBO
ESTAVA COM DEUS,
|
Parte “c”
|
E O VERBO
ERA DEUS.
|
Note o início
deste texto: “No princípio...”. Esta é uma alusão direta a Gêneses 1:1, que
diz: “No princípio criou Deus...”
Agora veja o
paralelismo:
“No princípio
era o Verbo... “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele
nada do que foi feito se fez.” (João 1:1a, 3)
|
“No princípio
criou Deus os céus
e a terra.” (Gên. 1:1)
|
“Ainda: No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os
céus são obra das tuas mãos.” (Heb. 1:8-10)
|
Por não concordar
com esta realidade acima, a comissão de tradução da “bíblia TJ” rebaixa o
Senhor à posição de um deus pagão, pois muda o sentido do texto de João 1:1c,
acrescentando o artigo indefinido singular entre colchetes, com
"deus" em inicial minúscula:
"...e a
Palavra era [um] deus." (grifo
acrescentado)
"...and the Word was a god." (NM em inglês – grifo nosso)
A “Torre de
Vigia” TJ “justifica” que essa maneira de traduzir apóia << o fato de que Jesus, sendo o Filho de Deus e aquele que foi
usado por Deus na criação de todas as outras coisas (Col. 1:15-20), é deveras
um “deus”, um poderoso, e tem a qualidade de poder, mas não é o Deus Todo-poderoso.>> (Estudo Perspicaz das
Escrituras, vol. 3, pág. 162)
Agora, vejamos a tradução
literal do original grego:
...και
|
Θεος
|
ην
|
ο
|
Λογος
|
...KAI
|
THEOS
|
ĒN
|
HO
|
LOGOS.(*1)
|
...E
|
DEUS
|
ERA
|
A
|
PALAVRA
(ou: O VERBO)
|
Confira (se
puder) na "Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas
Cristãs", em inglês, editada pela Torre dos TTJ, ou em sua brochura "Deve-se crer na Trindade?",
pág. 27, que diz: <<Assim, uma tradução literal [de João 1:1,c] seria "e deus era
a Palavra".>>
Ora, em todos os
idiomas cuja escrita é a letra latina (a que estamos usando agora), a palavra
DEUS, com inicial minúscula, refere-se a um deus pagão, a um ídolo, que é um
demônio, (1Co. 10:19,20; 1Rs. 18:24) ainda mais quando lhe é anteposto um
artigo indefinido. Assim sendo as TTJ são politeístas,
pois crêem em mais de um DEUS, pois com a colocação do artigo indefinido, neste texto, dá
a ideia de que existem muitos outros.
Mas, o principal
argumento dos TTJ para a inclusão do artigo indefinido no
texto de João 1:1c, é que se deve fazer distinção entre o Deus Pai, da parte
“b”, e o Filho, da parte “c”. E aí argumentam que se o DEUS da parte “c” não
leva artigo, é porque ele é menor que o DEUS da parte “b”, que é articulado.
Isto é um tremendo absurdo, e um atentado ao
idioma grego. Um substantivo grego somente é indefinido quando não se sabe quem
é o sujeito principal da oração, e esta regra somente pode ser aplicada quando
o SUBSTANTIVO ANARTRO(*2) VEM DEPOIS DO VERBO, o que não é o
caso de João 1:1. Uma palavra (ou sujeito), na oração, só é indefinida quando
não se sabe a quem se refere, ou quando há vários outros da mesma espécie, não
identificando alguém, e justamente por isso que se diz que é indefinida. Ora, é
sabido que muitas vezes o idioma grego dispensa o artigo em nomes próprios,
títulos, funções, atributos, etc., e mesmo assim subentende-se que determinada
palavra ou frase é definida. Se as TTJ incluem um
artigo indefinido em João 1:1c, pela falta do artigo, então deveriam
também fazê-lo em outros textos onde o artigo definido está ausente, como por
exemplo neste mesmo capítulo de João nos versos 6, 14 e 18. Veja como ficaria
cada um respectivamente segundo a regra dos TTJ:
"Houve um
homem enviado de [um] deus..."
"E a Palavra
se tornou [uma] carne..."
"Ninguém
jamais viu a [um] deus..."
Como podemos
notar, o primeiro e o terceiro exemplo se referem ao Deus Pai, e a palavra
grega THEOS (Deus) não está acompanhada de
nenhum artigo definido, e nem por isso é indefinida. Além do mais, NÃO EXISTE ARTIGO
INDEFINIDO NO GREGO.
Agora, destacaremos mais algumas referências,
como exemplo, somente no Evangelho de João, em que a palavra THEOS, no original, aparece sem o artigo, e que nem por isso
a Sociedade TJ acrescenta o artigo indefinido na sua “tradução”: capítulos 1:18,a; 3:2; 5:44; 8:54; 9:16 e 33; 13:3; 17:3 e 19:7.
Ora, como já foi dito, em nenhum destes textos,
no original grego, a palavra “DEUS” está articulada, e nem por isso subentende-se
que esta seja indefinida, como também assim compreenderam os “tradutores” da Sociedade
TJ. Somente perverteram a terceira parte do primeiro verso de João, cap. 1, porque
não convinha à sua doutrina russelita corrompida.
O mais interessante é que
um dos textos citados, Jo.5:44, chama a Divindade de “Deus único”(*3), embora a palavra theos seja anartra, ela está articulada
indiretamente em μονος (MONOS =
ÚNICO), a exemplo de João 1:1.
του
|
μονου
|
Θεου
|
TU
|
MONU
|
THEU
|
O
|
ÚNICO
|
DEUS
|
Outro exemplo é um dos
textos prediletos dos TTJ, ou seja, o cap. 17:3,
onde a frase “o único Deus Verdadeiro” somente tem um artigo:
τον
|
μονον
|
αληθινον
|
Θεον
|
TON
|
MONON
|
ALĒTHINON
|
THEON
|
O
|
ÚNICO
|
VERDADEIRO
|
DEUS
|
Não se espera um
artigo na palavra “Deus” pelo fato de ela já estar articulada indiretamente na
frase, ou seja, antes da palavra “único”, pois ambas têm a mesma terminação
funcional (a acusativa). Da mesma forma, o artigo é dispensável no “DEUS” de Jo. 1:1,c,
pelo fato deste ter sido definido em LOGOS, que tem a mesma
terminação funcional nominativa. Além do mais o theos deste contexto não poderia ser articulado, pois mudaria todo
o sentido da mensagem. Vejamos como ficaria:
...“e o Verbo
estava com o Deus, e o Verbo era o Deus.”
Isto causaria
confusão, pois diria que o Verbo era o mesmo Deus com quem ele estava. A ausência
do artigo não O rebaixa a um mero deus, mais o distingue do Pai, e o coloca em
pé de igualdade com mesmo. Quando o texto diz que “o Verbo era Deus”, o
substantivo é “o Verbo”, e o seu qualificativo é “Deus”.
No Apêndice 6A da Tradução Novo Mundo com Referências, pág. 1519, há uma relação de
nove traduções, das quais cinco chamam a Jesus de "um deus"
(indefinido), e o restante de "um ser divino", ou similar.
Entre as traduções, além de duas católicas do século passado, há de outras
seitas heréticas como a do cristadelfino Benjamin Wilson com o seu "Emphatic
Diaglott" (Diaglotão Enfático)(*4), de 1864, grande autoridade para a Torre de Vigia.(*5) E, na conclusão, há uma relação de
seis traduções da Bíblia em que substantivos anartros (sem o artigo) precedem o
verbo. Mas acontece que em nenhum dos seis exemplos, há um sequer parecido com
o de João 1:1, pois neste, embora o substantivo anartro "THEOS" preceda o verbo SER [ERA], o nominativo definido "HO LOGOS" vem depois do verbo, e define THEOS, pois tem a mesma terminação funcional que este, ou seja, o
"OS", embora a
palavra articular seja o sujeito da oração, e a anartra, o predicado. A
diferença entre o sujeito e o predicado, é que o primeiro leva o artigo, e o
segundo não. Doutra forma não saberíamos quem é quem. Quem estudou sabe.
Em João 4:24, há a afirmação: "Deus é Espírito". O substantivo
nominativo neutro πνευμα = PNEUMA (Espírito) é
anartro (não leva o artigo - o mesmo caso de Jo. 1:1), mas o nominativo
masculino THEOS está articulado.
Neste caso, os TTJ deveriam traduzir também este texto de
Jo. 4:24, da mesma forma
que traduziram o do cap. 1, ou seja, Deus
é [um] espírito(*6), pois ambos os textos têm a mesma regra gramatical, e os TTJ, a sua particular.
Uma coisa que os
atuais líderes da Sociedade Torre de
Vigia dos TTJ escondem dos seus adeptos, é que em
algumas das versões e revisões da sua “bíblia” particular apelidada de Tradução do Novo Mundo, de capa cor
verde (inglesa de 1961, portuguesa de 1967), traz João 1:1 sem o artigo indefinido, embora o último "DEUS" esteja em
inicial minúscula: ...e a Palavra era deus. É só conferir.
E assim vemos que as TTJ só traduzem um texto bíblico conforme a sua conveniência, e não
conforme deva ser traduzido.
A Sociedade Torre
de Vigia desconhece a autoridade das várias traduções da Bíblia, mas as usa
quando lhe convém, para efeito de comparação. Algumas destas traduções são
realmente questionáveis. Por exemplo: por muitos anos esta sociedade usou a
"autoridade" da tradução de "O
Novo Testamento" feita em 1937, por um certo espírita chamado Johhanes
Greber, que, ao traduzir textos "difíceis" do N.T., era auxiliado por
sua esposa médium. Mas somente em 1983 é que a sociedade dos TTJ abandonou tal tradução, por causa de um prefácio desta em 1980,
que ligava o tradutor ao "mundo espiritual". Ver A Sentinela norte-americana de 01 de Abril de 1983 , pág. 31. A "tradução" de
Greber foi uma das usadas como base, pela sociedade TJ, para a Tradução do Novo
Mundo, embora atualmente ela negue o fato. Greber traduziu a parte
"c" de João 1:1, da mesma forma que a Torre de Vigia: “...e a palavra era um deus.”
Entre as versões
usadas como base para se negar a Divindade do Messias em João 1:1, na
literatura TJ, há estas:
1. La Bible du Centenaire, L'Evangile selon Jean
(1928 - francesa), de Maurice Goguel: "e
a Palavra era um ser divino";
2. The Bible - An American Translation
(1935 - inglesa), de J.M.P Smith e E.J. Goodspeed: "e a Palavra era divina";
3. Das Neue Testament (1946 - alemã), por
Ludwig Thimme: "e a Palavra era de
espécie divina.".
4. Das Evangelium nach Joanes (1978), de
Joanes Schneider: "e da sorte
semelhante a Deus era o Logos";
5. The Emphatic Diaglott (1864), por
Benjamin Wilson: "e um deus era a
palavra."
Ora a palavra
"divino" (ou "divina") não é a melhor tradução para o
substantivo grego Θεος (ΤHEOS), e sim DEUS
(como é o caso de João 1:1). A própria revista A Sentinela, de 15 de Outubro de 1993 , à página 28 (edição brasileira),
confirma esta verdade ao dizer:
...algumas [versões] traduzem a expressão por “a
Palavra [ou o Verbo] era Divina”. (Am
American Translation, Schonfield) Moffatt traduz “o Logos era Divino”. Contudo,
indicando que “divino” não seria a tradução mais apropriada aqui, tanto John
Robinson como o crítico textual britânico Sir Frederick Kenyon salientaram que
se era isso que João queria enfatizar, ele poderia ter usado a palavra grega
para “divino”, theí.os.
E assim podemos
ver que mais uma vez as TTJ se contradizem, pois, se “divino”
ou “divina” não é a tradução mais apropriada
para a palavra grega “THEOS”, então, como em
seus livros e apêndices “bíblicos” elas usam várias versões com estas traduções,
para efeito de comparação (como podemos comprovar acima nos pontos de 1 a 3), se estas traduções
estão erradas? Conveniência!!!
Ora, mesmo sendo
Cristo chamado de DIVINO isto não nega a
sua divindade, muito pelo contrário. Se Ele é Divino, É Deus, e só Deus é assim
chamado.
Na tradução de
Schneider (ponto 4, acima) há um acréscimo de quatro palavras: da sorte
semelhante a, e a de Wilson, um artigo
indefinido inexistente no original.
Ora, não se pode basear um conceito sobre falsas premissas, como o de "um
deus" sobre traduções erradas e contraditórias entre si, não que o texto
original dê margem para isto, pois assim como o Diabo torceu a Palavra de Deus
e enganou Eva, e tentou enganar a Cristo, (Gên. 3:4, 5; Mat. 4:6) da mesma
forma, a semente da serpente tenta inutilmente fazer perder-se a semente do
último Adão. (1Co. 15:45)
Embora The Emphatic Diaglott, editado pelos TTJ, na tradução interlinear, verta João 1:1,c, “and a god was the
Word” (e um deus era a Palavra), na
coluna paralela à direita com a tradução inglesa chamada de New Version, assim está vertido: “and
the LOGOS was God.” (e o LOGOS era Deus.).
Concluindo, em
Jo.1:1, há duas ocorrências da palavra θεος (THEOS = DEUS): "estava com Deus", e: "era Deus". Embora o
Senhor Jesus estivesse com o Deus Pai no princípio, ele era DEUS, ou seja, Ele
não era o Deus Pai, mas tão Deus quanto o Pai.
Convém notar que
a Peshitta aramaica, um das mais antigas traduções das Escrituras Sagradas,
assim verte o mesmo texto:
ܡܸܠܬ݂ܵܐ
|
ܗܘܿ
|
ܗ݈ܘܵܐ
|
ܐܝܼܬ݂ܲܘܗ݈ܝ
|
ܘܲܐܠܵܗܵܐ
|
ß
|
MELTA
|
HU
|
HUA’
|
’ITAUHI
|
U-ALOHA’
|
ß
|
A PALAVRA
|
ELE
|
ERA
|
O SER
|
E O DEUS
|
ß
|
E O DEUS, ELE MESMO, ERA A PALAVRA
|
ßTradução normal
|
O tradutor da
Peshitta usou formas enfáticas para designar a divindade do Verbo de Deus,
colocando-o no mesmo nível de Deus Pai, pois a palavra ܘܲܐܠܵܗܵܐ
(ALOHA’) é articulada em todas as suas ocorrências em Yuhhanan (João) 1:1.(*7)
*
Se o substantivo Deus, quando definido, se refere somente a Jeová,
segundo a regra
das TTJ, então Tomé reconheceu a
Jesus como o
próprio Jeová, pois
ele o chamou
de O SENHOR
MEU E O DEUS MEU (trad. literal do grego: ο κυριος μου και ο θεος μου = HO KYRIOS MU KAI HO THEOS
MU ), ou como reza a Trad. Novo Mundo:
<< E respondeu-lhe [a Jesus]: "Meu Senhor, e meu Deus!"
>> (João 20:28), reconhecendo assim, o pleno Senhorio e a Divindade
d'Aquele que criou o Universo. (Jo. 1:3; Heb. 1:1-3,10)
E assim, podemos
ver quão fraco é o argumento dos TTJ sobre a inclusão
do artigo indefinido em João 1:1, pois o tal é gerado pelas suas mentes
pervertidas e preconceituosas, e sem nenhuma base linguística satisfatória.
Concluindo,
podemos acertadamente afirmar que o “Jesus” pregado pelos
“testemunhas-de-jeová”, não é o mesmo dos Escritos Sagrados Bíblicos: eles
pregam um outro evangelho e receberam um
outro espírito e são enganados por ele. (2Co.11:4; 1Tim.4:1;
Gal.1:6-9)
A crença na divindade de
Cristo, nos primeiros séculos, é algo comprovado até pelos pagãos, como podemos
observar nesta citação de Plínio, o
Jovem (61-114 d.C.) que, ao escrever ao imperador Trajano, relatou que os
cristãos de Bitínia “foram unânimes em reconhecer que sua culpa se reduzia
apenas a isso: tinham o hábito de se reunir em um dia fixo, comer antes da alvorada e rezar
respeitosamente hinos a Cristo, o qual consideravam Deus...” (Epístola X, XCVI)
Do livro: “Seja a Palavra de deus Verdadeira e Mentirosa a `Tradução do Novo Mundo` dos testemunhas-de-jeova”, capítulo 1.
Autor: Luís Antônio Lima dos Remédios (Manaus, Amazonas- Brasil /
Março de 1996)
* * *
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Do livro: "Seja a Palavra de Deus Verdadeira e mentirosa a 'Tradução do Novo Mundo' dos testemunhas de jeova" - capítulo I. Março/1996.
Autor: Luís Antônio Lima dos Remédios.
(*3) Da mesma forma, Jesus é chamado de “único Soberano e Senhor”, em Judas 4.
(*4) A hipocrisia da Torre de vigia vai além dos limites, pois desde 1942
que ela edita o “Emphatic Diaglott”, onde, em coluna paralela ao grego (Codex
Vaticanus) interlinear com o inglês, há a tradução de Wilson chamada de “New Emphatic
Version”. “Esta tradução,
segundo o seu autor, está baseada sobre
aquela da coluna esquerda (a interlinear) e o labor de muitos talentosos críticos
e tradutores das Escrituras.” (Diaglott,
pág. 8, tópico 2 – New Version). Acontece que o texto de João 1:1, assim está vertido
nesta versão: “In the beginning was the LOGOS, and the LOGOS was with GOD, and the LOGOS was God.” (No princípio era o LOGOS, e o LOGOS estava com DEUS, e o LOGOS era Deus.). Se os TTJ fossem honestos, usariam a New Version, de Wilson, pois esta representa
a tradução oficial do seu Diaglott.
(*5) Também não se deve ficar iludido quando os TTJ, em suas publicações,
fazem citações de “autoridades de diferentes confissões”, que aparentemente apóiam
o seu ponto de vista, pois muitas vezes as tais citações estão com recortes, como
é o caso do uso malfeito em 20 anos do comentário sobre Jo.1:1, de A MANUAL GRAMMAR OF THE GREEK NEW TESTAMENT, de Dana e Martiney, e sobre o qual, este último
pediu em carta à Sociedade Torre de Vigia, retratação e desautorizou o uso de quaisquer
obras suas pela dita Sociedade. Outro exemplo de citação pela metade foi o da GRAMMAR OF THE GREEK NEW TESTAMENT, do Dr. Robertson, entre outros. (Conf. em
“as testemunhas de jeová e a DIVINDADE DE CRISTO”, por Homer Duncan, págs. 30, 31, 41 e 42 - Fev. 1977.
(*6) O Diaflott, interlinear, acrescenta, de forma errada, um
artigo indefinido não só em Jo.1:1, como em Jo.4:24,a, ou seja, “A spirit the God”
(Um espírito, o Deus), e a comissão de tradução TJ, neste último, verte este texto
da mesma forma que a versão de Almeida. Assim sendo, os “tradutores” TTJ usam a
“sua” regra gramatical somente quando lhes convêm.
(*7) O "estado determinado", que corresponde
ao artigo, em aramaico e aramaico-siríaco é usado de forma diferente do grego e
do hebraico. No grego o artigo é separado do substantivo (assim como no português):
‘ο λογος [ ho logós] = o verbo, a palavra). Mas no hebraico o estado
determinado (artigo definido) é prefixado ao substantivo: הדבר (hadavar
= o verbo, a palavra). Já no aramaico para o estado determinado usa-se o א (álef)
sufixo como artigo determinado: ܡܠܬܐ
/ מלתא (miltá
= o verbo, a palavra). Fato
semelhante ao aramaico acorre em línguas modernas como, por exemplo, em romeno:
o lobo = lupul; em norueguês: a casa = huset,
etc. Os TJ não teriam esse argumento ob-reptício se fossem traduzir este texto diretamente
do aramaico, pois as palavras אלהא (alahá) e מלתא (miltá) neste texto, em todas as ocorrências,
estão no estado determinado, ou seja, são definidas.
Do livro: "Seja a Palavra de Deus Verdadeira e mentirosa a 'Tradução do Novo Mundo' dos testemunhas de jeova" - capítulo I. Março/1996.
Autor: Luís Antônio Lima dos Remédios.
* * *
𝓛𝓾𝓲𝓼 𝓐𝓷𝓽𝓸𝓷𝓲𝓸 𝓒𝓪𝓬𝓮𝓻𝓮𝓰𝓮✍️ܠܘܝܣ
cacerege@gmail.com
Manaus - Amazonas - Brasil
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Outros estudos já postados:
01- O Novo Testamento NÃO Foi Escrito em Hebraico e/ou Aramaico
02- O espiritismo segundo [alguns] “evangélicos”
03- Adultério do Coração
04- Santa Ceia: vinho ou suco de uva?
05- O Inferno
06- O Que a Bíblia Diz Sobre a Idolatria
07- Deuterocanônicos ou Apócrifos?
08- A divisão das horas do dia nos tempos bíblicos
09- O dia do Senhor: Sábado ou Domingo?
10- 30 Razões Porque Não Guardo o Sábado
11- Deus e deuses
12- O Nome JESUS
13- O Verbo era um deus?
14- A Divindade de Cristo negada entre colchetes
15- Cruz ou estaca de tortura?
16- YHWH – Um Nome que será esquecido para sempre
17- Alma, corpo e espírito
18- A Peshitta confirma o Novo Testamento grego – 01- CAMELO ou CORDA?
19- A Peshitta confirma o Novo Testamento grego – 02- LEPROSO ou FAZEDOR DE JARROS?
20- PARAÍSO: HOJE ou UM DIA? (Lucas 23:43)
21- Adultério Virtual
22- KeNUMÁ e os modalistas nazarenos
23- A Virgem Que Concebeu
24- A História do Universo (O Livro de Melquisedeque)
25- O Tetragrama na Septuaginta Grega (LXX)
26- Os sabatistas e judaizantes "pira" - parte 1
27- A transição da escrita Páleo-hebraica para a Aramaica-assíria nas Escrituras
28- Qual o dia da morte de Jesus?
29- Os sabatistas e judaizantes "pira" - parte 2
30- As Três Testemunhas da Aspersão
31- Os sabatistas e judaizantes "pira" - parte 2
32- Matar e Assassinar em Hebraico
33- Memra/Davar nos Targuns Aramaicos – parte-1
34- Memra/Davar nos Targuns Aramaicos – parte-2
35- Casamento: Instituição Divina (Ideologia de Gênesis)
36- O Servo Sofredor de Isaías 53 na visão judaica, antiga e moderna
37- Chamar o arco celeste de ARCO-ÍRIS é reverenciar uma entidade pagã?
38- E todos os anjos de Deus o ADOREM
39- O Grande Deus e Salvador Jesus Cristo
40- Os Gigantes da Antiguidade
Obs.: É permitido a cópia para republicações, desde que cite o autor e as respectivas fontes principais e intermediária.
Por: Luís Antônio Lima dos Remédios
Luís - ܠܘܝܣ- לואיס - 𐤋𐤅𐤀𐤉𐤎 - Ⲗⲟⲩⲓⲥ - Λουίς✍️
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É POSSÍVEL O VERBO SER O DEUS TODO PODEROSO E AO MESMO TEMPO ESTAR COM O DEUS TODO PODEROSO?
ResponderExcluirE OS OUTROS TEXTOS BÍBLICOS QUE MOSTRAM CLARAMENTE UMA SEPARAÇÃO ENTRE JESUS CRISTO E DEUS, DEVEM SER IGNORADOS? COMO A PASSAGEM QUE DIZ FAÇAMOS O HOMEM A NOSSA SEMELHANÇA, A PASSAGEM ONDE O PRÓPRIO DIABO DIZ A JESUS SE TÚ ÉS FILHO DE DEUS, SERÁ QUE O DIABO NÃO CONHECE DEUS? SE CONHECE PORQUÊ QUE O PAI DA MENTIRA RECONHECEU QUE JESUS É FILHO E NÃO O PRÓPRIO DEUS?